As flores dos quintais de Mariana perderam suas cores;
Os peixes que antes nadavam livres no Rio Doce, mal conseguem respirar;
As crianças que jogavam bola na rua já não têm onde dormir;
A lama está por toda parte, nas ruas, rios, casas e gente. Até mesmo o vermelho do sangue em Minas já foi encoberto por uma imensidão marrom. Quanto custa nossas vidas? E a vida de nosso planeta?
Alguns milhões ou Bilhões parece ser a resposta. Pode até parecer alto o valor da multa imposta a mineradora Samarco, mas não é comparado aos danos irreversíveis causados a Minas.
Até onde estamos dispostos a explorar e destruir nosso planeta por dinheiro?
Quanto dinheiro é suficiente para reconstruir todo um ecossistema?
Existe valor satisfatório para pagar pelas vidas perdidas com esse desastre?
A lama está em Minas, mas é gerada diariamente por um sistema que não mede esforços para explorar o planeta e obter lucro.
O planeta grita por uma resposta:
Quando Começaremos a Limpar toda a Lama do Capitalismo?
Agora, esta terra maltratada e saqueada se lamenta e os seus gemidos se unem aos de todos os abandonados do mundo. O Papa Francisco convida a ouvi-los, exortando todos e cada um – indivíduos, famílias, coletividades locais, nações e comunidade internacional – a uma «conversão ecológica», segundo a expressão de São João Paulo II, isto é, a «mudar de rumo», assumindo a beleza e a responsabilidade de um compromisso para o «cuidado da casa comum».
-Departamento de Assessoria e comunicação da PJ - Diocese de Toledo
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