No dia 2 de setembro de 2015, o mundo se chocou com a imagem de Aylan Kurdi, um garoto de três anos que foi encontrado às margens de uma praia. O pequeno morreu juntamente com outros imigrantes, todos sonhavam e saíram em busca de uma vida nova no continente Europeu, mas infelizmente esse sonho não pôde ser realizado. Aylan e sua família estavam tentando fugir da Síria, país localizado no Oriente Médio, cuja região vem servindo como palco de grandes guerras e intolerância religiosa. Esses conflitos estão levando muitas pessoas a arriscarem a própria vida em busca de uma realidade melhor.
Constantemente nos deparamos com reportagens sobre divórcios, assassinatos, roubos e tantos outros delitos e fenômenos sociais (como a crise migratória do Oriente Médio citada acima) que alarmam aquilo que já está presente em conversas do dia-a-dia: o mundo está em crise.
É inegável que vivemos tempos difíceis para a política, economia e tantos outros fatores sociais, porém não há motivos para desespero ou falta de esperança. Desde que o mundo é mundo o ser humano se depara com momentos de crise em sua vida pessoal e em seu ambiente coletivo e para compreender esse fato, basta analisarmos a Bíblia Sagrada. A primeira criação humana se deu em Adão e Eva, o casal viveu crises conjugais devido à presença da mentira em sua relação, o paraíso e tudo que lhes foi dado não foi suficiente. Percebendo essa situação, a serpente entrou em cena oferecendo o fruto proibido, assim o pecado se fez presente e o ser humano se tornou pecador. Dando continuidade à presença do pecado no inicio da criação, Caim e Abel, filhos de Adão e Eva, tiveram um desentendimento. Caim foi tomado pela fúria da inveja e acabou cometendo o primeiro assassinato relatado na Bíblia, matou seu irmão Abel. Mais a frente, a Sagrada Escritura apresenta outra situação de crise, agora vivida por Moisés e todo o povo do Egito. Este homem foi o escolhido de Deus para guiar a fuga do povo no deserto durante 40 anos, todos lutavam por liberdade e buscavam melhores condições de vida, queriam se libertar da escravidão e viver com dignidade em outra região.
Essas três situações de crise relatadas na Bíblia demonstram como a Palavra Sagrada é atual e condizente com nossa realidade. Os mesmos fatos daquele tempo acontecem hoje em contextos diferentes, porém todos possuem algo em comum: a presença de Deus em todos os momentos. Deus esteve com Adão e Eva quando os mesmos desobedeceram a única restrição que os havia colocado, Ele perdoou Caim por ter assassinado seu irmão, Ele esteve ao lado de Moisés durante os 40 anos de travessia no deserto, e Ele permanece ao nosso lado nos dando força para lutar contra as injustiças e adversidades do mundo.
Todo cristão deve levar consigo a sabedoria e o ensinamento do Livro Sagrado, não deve temer o peso da cruz a ser carregada, necessita enfrentar todas as dificuldades com fé e esperança, crendo e buscando um reino de amor e justiça entre todos os povos e nações. Não se pode esquecer que a maior figura de nossa fé veio ao mundo para salvar a humanidade da crise do pecado, sua vida foi prova e deve servir de referência em tempos como esse, portanto, a força que buscamos e a solução para nossa crise só pode ser encontrada em Deus.
IGREJA, JUSTIÇA E UTOPIA CONSTRUINDO A CIVILIZAÇÃO DO AMOR
“Antes de arregaçar as mangas, dobrem os joelhos. ”
A Pastoral da Juventude tem como base primordial em sua formação o protagonismo, onde o jovem deixa de ser um espectador e passa a ser um transformador da realidade em que vive. Durante crises como essa, surgem líderes que apontam soluções e caminhos a serem percorridos, nossa missão enquanto Pastoral é auxiliar o desenvolvimento desse líder para que ele seja guiado sob a luz do Evangelho, seguindo os ensinamentos cristãos.
Constantemente nos deparamos com reportagens sobre divórcios, assassinatos, roubos e tantos outros delitos e fenômenos sociais (como a crise migratória do Oriente Médio citada acima) que alarmam aquilo que já está presente em conversas do dia-a-dia: o mundo está em crise.
É inegável que vivemos tempos difíceis para a política, economia e tantos outros fatores sociais, porém não há motivos para desespero ou falta de esperança. Desde que o mundo é mundo o ser humano se depara com momentos de crise em sua vida pessoal e em seu ambiente coletivo e para compreender esse fato, basta analisarmos a Bíblia Sagrada. A primeira criação humana se deu em Adão e Eva, o casal viveu crises conjugais devido à presença da mentira em sua relação, o paraíso e tudo que lhes foi dado não foi suficiente. Percebendo essa situação, a serpente entrou em cena oferecendo o fruto proibido, assim o pecado se fez presente e o ser humano se tornou pecador. Dando continuidade à presença do pecado no inicio da criação, Caim e Abel, filhos de Adão e Eva, tiveram um desentendimento. Caim foi tomado pela fúria da inveja e acabou cometendo o primeiro assassinato relatado na Bíblia, matou seu irmão Abel. Mais a frente, a Sagrada Escritura apresenta outra situação de crise, agora vivida por Moisés e todo o povo do Egito. Este homem foi o escolhido de Deus para guiar a fuga do povo no deserto durante 40 anos, todos lutavam por liberdade e buscavam melhores condições de vida, queriam se libertar da escravidão e viver com dignidade em outra região.
Todo cristão deve levar consigo a sabedoria e o ensinamento do Livro Sagrado, não deve temer o peso da cruz a ser carregada, necessita enfrentar todas as dificuldades com fé e esperança, crendo e buscando um reino de amor e justiça entre todos os povos e nações. Não se pode esquecer que a maior figura de nossa fé veio ao mundo para salvar a humanidade da crise do pecado, sua vida foi prova e deve servir de referência em tempos como esse, portanto, a força que buscamos e a solução para nossa crise só pode ser encontrada em Deus.
IGREJA, JUSTIÇA E UTOPIA CONSTRUINDO A CIVILIZAÇÃO DO AMOR
“Antes de arregaçar as mangas, dobrem os joelhos. ”
A Pastoral da Juventude tem como base primordial em sua formação o protagonismo, onde o jovem deixa de ser um espectador e passa a ser um transformador da realidade em que vive. Durante crises como essa, surgem líderes que apontam soluções e caminhos a serem percorridos, nossa missão enquanto Pastoral é auxiliar o desenvolvimento desse líder para que ele seja guiado sob a luz do Evangelho, seguindo os ensinamentos cristãos.
Um dos projetos da Pastoral da Juventude que motiva essa busca por justiça é o AJQV - A Juventude Quer Viver. “O nome deste projeto já é uma afirmação daquilo que ele busca. Lutar pela vida das juventudes é comprometer-se com o convite de Jesus à vida plena. [...] De forma prática, ele busca posicionar-se publicamente sobre temas que afetam diretamente a vida da juventude, como também construir estratégias de participação e intervenção política nos diversos setores sociais organizados (governamentais e não governamentais), buscando mobilizar a juventude pela garantia de direitos.”
Em nossa Igreja, muitos instrumentos pastorais são fontes inesgotáveis de fortalecimento na busca da sociedade que sonhamos em conquistar. Nossa fé se fortifica em comunidade, e juntamente com ela devemos nos motivar perseverando nesse objetivo. A Campanha da Fraternidade desse ano reforçou nosso compromisso com o lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45), através dele, fomos convidados a atuar profeticamente à luz do evangelho, tendo como opção preferencial os desfavorecidos, lutando sempre pelo desenvolvimento integral da pessoa e na construção de uma sociedade justa e solidária. E são ações como estas, que nós como Pastoral da Juventude e como Igreja do Brasil devemos nos apossar e vestir a camisa das causas sociais, com a utopia de um mundo mais justo e mais fraterno, com menos desigualdades e sem preconceito e é assim que continuamos buscando a cada dia a Civilização do Amor.
Thaís Coelho
Coordenadora do grupo PJUC da Pastoral da Juventude
Artigo publicado na revista diocesana Cristo Rei do mês de Outubro de 2015.
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